quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Saindo para ver Vitrines... Ou Vitrinas?!


Estudando o tema "Vitrine" percebi que podia estar comentendo uma grande garfe na nomenclatura do termo... 
Não me parece confortável "sair para  ver vitrinas" em ambos os sentidos: Não é algo que normalmente goste de fazer e quando faço, são vitrin(e)s que vejo...

Inquieta, fui mais fundo, ou, dependendo do ponto de vista, fui mais superficial: "Maravilhoso mundo da internet", como diria a Dra. Ana Paula Miranda.

Assim, descobri que "Vitrine" é um termo de origem francesa e que "Vitrina" é a correspondência portuguesa. Mais adiante, entrevistando um Designer que trabalha com Visual Merchandising, obtive a confirmação da informação e mais um adicional: Os dois significam a mesma coisa, porém, é necessário tomar partido em dada situação, por exemplo, em um texto, se começou com VITRINE, vá até o final usando VITRINE. Da mesma forma, com o outro termo, o "aportuguesado". 

Nesse caso, serei adepta do "estrangeirismo" mesmo...
Um estudante de DESIGN normalmente não se opõe a isso. 
Falarei "à francesa" que estou saindo para ver vitrinEs. (Rs.)

FONTE: http://br24h.com/vitrine-ou-vitrina

obs: A vitrine acima e muitas outras igualmente singulares estão em:

domingo, 26 de setembro de 2010

Uma lição de vida.


[De uma conversa na cantina da faculdade, descubro que uma mensagem que circula pela internet é cheia de "morais"... Assim, nada mais justo que ela esteja por aqui.]

"Em um lugar bem distante no meio da floresta vivia um pássaro. Um certo dia o nosso amiguinho acordou com o saco cheio daquela vidinha besta que levava no meio daquele mato, longe de qualquer lugar civilizado onde  não acontecia patavina alguma, e por isso resolveu sair mundo afora deixando para trás todo aquele marasmo em que vivera até agora.

 Arrumou as malas e se mandou para um lugar completamente diferente do seu habitat natural. Era uma região extremamente fria e ele resolveu passar a noite naquele local. Porém o frio era tão intenso, mas tão intenso, que  acabou se congelando a ponto de não conseguir mais voar. O pobrezinho ficou ali agonizando, entregue a sua própria sorte.
Porém uma vaca vendo a situação desesperadora do pobre pássaro, penalizou-se de sua triste sina e resolveu ajudá-lo. Aproximou-se com todo cuidado para não pisoteá-lo, posicionou o bumbum sobre ele e deu uma bela de uma cagada em cima do bichinho.
O calor do dejeto fecal que a nobre vaca lhe emprestara em forma de cobertor salvou-lhe a vida. Após os agradecimentos a piedosa vaca se afastou e foi cuidar de seus afazeres, deixando o pássaro em seu lugar quentinho cantando de felicidade.
Um gato que passava pelo local, ouviu aquele belo canto e resolveu ver quem era o autor de tão bela melodia. Porém ao ver o pássaro atolado na merda até o nariz resolveu, também, ajudá-lo. Retirou-o da merda e depois de ouvir atentamento a sua sinfonia por várias horas pulou sobre ele e devorou-o."

Morais da História:

1-Nem sempre aquele que caga em cima de você é seu inimigo.
2-Nem sempre aquele que tira você da merda é seu amigo.
3-Quando você se sentir feliz, mesmo que esteja na merda, é melhor   ficar de bico fechado, pois quem está na merda não canta.




Publicado no Recanto das Letras em 13/02/2009

Código do texto: T1436449

domingo, 19 de setembro de 2010

Lady Gaga não foi pioneira....



A princípio parece muito “vanguarda” o comportamento da famosa e polêmica Lady Gaga  que no último dia 12/09, compareceu ao VMA com um vestuário nada comum: Vestido, chapéu e botas confeccionadas com carne crua.

Inquieta com essa notícia escandalosa, decidi ir atrás de provas do possível pioneirismo de nossa ilustre.  E como suspeitei , era algo refutável.

Em 1987, a artista plástica canadense Jana Sterbak num trabalho de instalação exibiu um vestido constituído de carne crua. O  título da obra era Vanitas: Flesh Dress for an Albino Anorectic (Vanitas: Vestido de carne para um anoréxico albino. O trabalho com carne é uma marca registrada dessa artista.



Mas recentemente, em julho de 2008, foi noticiado que o ator Mislav Cavajda, na exibição de um espetáculo chamado “Bakhe”, em festival de verão na Croácia, teve seu figurino composto por diversos pedaços de carne crua costurados.



Mas quando se fala em Lady Gaga atualmente, tudo parece soar espetacular e, coincidentemente , ou não, terça-feira passada (15/09) o estilista Jeremy Scott apresentou na semana de moda de Nova York dois looks com um tipo de presunto italiano: um vestido justo e uma saia com top. 


Uma moral: Por trás de uma "aparente inovação" existem outras coisas... Lady Gaga foi só mais uma.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Agreste ponto a ponto...


Nesse último sábado (11 de Setembro), aconteceu no Pátio da Feira de Artesanato, o evento Agreste Ponto a Ponto. A princípio, o evento se propunha a mostrar "tendências de cores e tecidos para 2011" numa "manhã inteira de shows e desfiles no pátio da feira de artesanato", segundo o Portal da Internet Mais AB (Tv Asa Branca). 
É difícil enumerar as razões pelas quais o evento não correspondeu à realidade das divulgações via TV e Internet. 
Tendências da região? Talvez. Moda? Nem tanto. Produtos dos patrocinadores? Sem dúvida! 
O que se viu foi "vigência" (como diria a Dra. Ana Paula Miranda) de elementos estéticos, de peças e de composições dos patrocinadores: Metropólis Moda Urbana, Fábrica da Moda e Óticas Diniz. Em outras palavras, foi mais um evento publicitário, do que um evento de moda propriamente dito. Por outro lado, foi particularmente interessante ver modelos desfilando com óculos de grau. 
A parte conceitual ficou a cargo dos estudantes do Senai que apresentaram criações inspiradas no ritmo musical samba de coco.


E quem esperava curtir o grupo musical Samba de Tamanca (conforme a programação veículada), deparou-se com "Choro sem lágrimas" que não por acaso fez a trilha sonora com chorinhos  pra todos os gostos (mas houve quem esperou por Samba...).
Por  fim, ou no início mesmo, a jornalista que fez as honras do evento ao abrir os trabalhos da manhã disse "(...) porque moda é tendência e ponto.". 
Bem, a princípio foi inquietante ouvir isso, mas depois de uma reflexão pessoal, talvez as coisas devam ficar como estão... Cada macaco no seu galho.

 
(Fotos e mais informações: http://maisab.globo.com/entretenimento/ )
Uma moral dessa história: Agreste Ponto a Ponto, "curto e... grosso."   

terça-feira, 7 de setembro de 2010

In(depêndencia) ou?

Cento e oitenta e oito anos (188) da Independência política do nosso Brasil!
O Dever cívico leva as pessoas às ruas para Desfilarem em homenagem a esse fato histórico! 
Mas o que é dever cívico? "Ter a obrigação de" "que se refere aos cidadãos, considerados em sua vida pública; próprio de cidadão; patriótico" Em outras palavras, é a obrigação dos cidadãos em determinada nação. E ainda, espera-se que essa pessoa ame sua pátria e deseje serví-la.
Em que consiste essa obrigação? Como executá-la a serviço dos compatriotas? Talvez fosse interessante não realizar mais esses Desfiles Simbólicos em razão da comemoração. Por que não promover a disseminação não do espetáculo, mas a do conhecimento. Citar, por exemplo, que a Independência, gritada por D. Pedro no dia 7 de setembro de 1822 não foi um fato isolado e decisório, mas na realidade um ato derradeiro que já vinha sendo articulado. Ao invés de exposições de fardas e condecorações, o sentimento civil poderia ser incitado através de debates, palestras, mini-cursos, ou seja lá qual o recurso pedagógico que fosse! Situações como essa (nas fotos abaixo) seriam menos recorrentes. A educação sempre é uma boa alternativa (aliás, ótima alternativa) para a transformação social, e o que antes não era, torna-se então polido, cortês, civilizado... educado (se faz necessário o pleonasmo).

Caruaru, 7 de Setembro de 2010, às 16h
Av. Agamenom Magalhães (Um pequeno trecho de muito lixo pelas ruas.)


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Por natureza, somos uns insensíveis!

"Quadrado Preto Sobre Fundo Branco"
Kasimir Malevitch, 1915

As pessoas normalmente não conhecem o significado da palavra "respeito", ignoram que convivem também com pessoas, e que estas têm sentimentos, preocupações, necessidades, desejos, planos de vida, enfim, tudo que diz respeito as características de todo ser humano convencionado "normal"... E muita gente esquece disso quando não te dizem um obrigado, um com lincença, quando esquecem de desejar verdadeiramente um bom dia, quando não param de fato pra ouvir o próximo... Quase sempre essas pessoas não se importam com que os outros sentem, estão mais ocupadas em perceber o que se passa dentro de si mesmos, satisfazer as suas vontades, se elas existem, e quando não, partem para outra buscando o  que lhes convém. Egoísmo, individualismo, egocentrismo, enfim, o que muda são as qualificações, o comportamento em suma é o mesmo: Aquele que sempre magoa quem está perto. Insensibilidade é um traço imprescindível da personalidade desse indivíduo, que é extremamente indiferente a sensibilidade alheia.
Talvez eu tenha descrito um pouco de mim, por que afinal quem não acaba sucumbindo a esse "mal do século" ? O que pode atenuar as consequências tão degradantes desse comportamento é ter a consciência de sua existência e assim, tentar agir diferentemente. É bíblico "Ame ao próximo como a si mesmo", e por uma questão de fé, é divino!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Senhoras e Senhores... !


Todo mundo vive de "aparências". Seja ela boa ou mal, forçada ou espontânea. Por isso não existe, na prática, esse ditado "eu não vivo de aparências"  a não ser pela força da expressão quando se quer dizer "não finjo ser o que não sou". Ainda há ressalvas quanto a esse último, mas nos concentremos na "aparência" no sentido literal. Não precisa ir muito longe (pegue o dicionário ao lado) para entender que sim, nós, seres humanos, racionais, somos constituídos de forma, figura, vestígio, fingimento, disfarce, semelhança, quimera, ilusão... E salva as aparências, encobrimos, disfarçamos ações ou circunstâncias que podem merecer reparo ou provocar desconfiança (Fonte: Dicionário Brasileiro Globo, 1991).
Então o que moralizo aqui não é "viver de", mas "sucumbir a" a cultura das aparências. Vestir um personagem 24h por dia faz do indíviduo simplesmente isso: um personagem e não uma personalidade. A exemplo disso, lembro algo curioso: As frases curtas de status do orkut, twitter, facebook e afins. Nesse espaço, todos querem ser poéticos, cultos, irreverentes, inteligentes e tudo isso pra quê? Por quê?
Porque há platéia. Simples assim (ou não).